top of page

Poeta

Não sou poeta por ser cômodo

Por glamour ou coisa assim

Não escrevo para satisfação pessoal

Ou por ideologia

Não faço arte para ter retorno financeiro

Tampouco para ser ovacionado

Não escrevo meus versos por prazer

Muito menos por louros e glórias

As palavras jorram do fundo da minha alma

Do meu coração doído

Vêm das experiências vividas e compartilhadas

Das dores, dos amores, dos sabores e das cores

Daquilo que eu imagino e sonho

Do que me cega, me cala e me mata

Do que é silêncio e fúria dentro de mim

Do que é luz e não escuridão

É a força motriz que me move

O alimento que me mantém vivo

A energia que me faz crescer

É o meu Sol, a minha água

O meu alimento, a minha hóstia consagrada

Minha necessidade não é fazer poesia

A poesia é que se apossa de mim

Me faz ser bem mais do que eu

Me leva além dos meus limites

Me transporta para lugares que nunca irei

Me apresenta pessoas que nunca vou conhecer

Me faz enxugar as lágrimas que nunca vi derramarem

O meu dom me faz me perpetuar no tempo

Ser além de mim mesmo

Ser mais do que um mero escritor

Deixando de legado todo o eu que derramo em meus versos

Poema originalmente publicado no 21 de dezembro de 2019 no antigo O Blog Do Victão.

2 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Genocídio Negro

Qual seu espanto? Mataram mais um menino que não era branco Não foi na zona sul. Foi alvejado pelas costas por alguém de farda azul Esse é o dilema. No Brasil ter pele preta é um grande problema Nenhu

Só Tomo Café Amargo

A vida é impureza em sua essência Mazelas, desilusão, sofrimento Sorrisos, desapegos, amor Nostalgia, saudade, amizade Nada disso é puro ou perfeito Talvez por isso eu viva em desespero Tentando achar

O Amor É Tudo

Quando eles se derem conta já será tarde Sucumbirão diante da própria soberba Marchando contra a nossa força intransponível Seremos fortes pelos que não podem ser Seremos resistência pelos que não res

Post: Blog2_Post
bottom of page