O Animal que em sua Pele Habita
- oblogdovictao
- 25 de abr. de 2016
- 1 min de leitura
Ele a olhava com ternura e devoção
Mas ainda assim desejava-lhe tocar em sua pele alva
Em pensamento já a possuiu de leve
Dizia-lhe sentimentalidades, quando na verdade
A luxúria era a sua melhor amiga
A libido era a casa que o abriga
Tratava a sua nudez como uma prece
Quando juntos o ardor era sentido
O contato dos lábios é sempre ardido
Quando sua mão tocava o corpo dela
Ela se perdia no mais doce desejo
A alma abandonava o corpo tal qual num despejo
Espreme o corpo dela contra a parede
Mordida no lábio, arrepio na nuca
Segura seus braços, funde-lhe a cuca
Ela arranhava suas costas como quem afia as garras
Corpos suados numa noite fria de inverno
Corações aquecidos por um calor interno
O rubor das bochechas dela demonstram sua alegria
Ela o aperta entre suas coxas
Tomando-a de frente, de lado e de costas
Usavam seus corpos em busca do prazer final
Já não se importa com o que limita
Só queria ser o animal que em sua pele habita
Poema originalmente publicado no 25 de abril de 2016 no antigo O Blog Do Victão.
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