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O Animal que em sua Pele Habita

Ele a olhava com ternura e devoção

Mas ainda assim desejava-lhe tocar em sua pele alva

Em pensamento já a possuiu de leve

Dizia-lhe sentimentalidades, quando na verdade

A luxúria era a sua melhor amiga

A libido era a casa que o abriga

Tratava a sua nudez como uma prece

Quando juntos o ardor era sentido

O contato dos lábios é sempre ardido

Quando sua mão tocava o corpo dela

Ela se perdia no mais doce desejo

A alma abandonava o corpo tal qual num despejo

Espreme o corpo dela contra a parede

Mordida no lábio, arrepio na nuca

Segura seus braços, funde-lhe a cuca

Ela arranhava suas costas como quem afia as garras

Corpos suados numa noite fria de inverno

Corações aquecidos por um calor interno

O rubor das bochechas dela demonstram sua alegria

Ela o aperta entre suas coxas

Tomando-a de frente, de lado e de costas

Usavam seus corpos em busca do prazer final

Já não se importa com o que limita

Só queria ser o animal que em sua pele habita

Poema originalmente publicado no 25 de abril de 2016 no antigo O Blog Do Victão.

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