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Nada Foi como o Combinado

Hoje você me seduziu e me tirou pra dançar,

Como se nada mais fizesse sentido

Hoje eu senti o toque doce e frio dos seus lábios

Oh, delicada e sublime morte

Porque você fez isso comigo?

Não precisava dessas falsas esperanças

Não precisava de velhas lembranças

Não precisava de nada disso

Eu precisava mesmo era de juízo

De ter a cabeça sempre no lugar

De saber que eu não nasci pra isso

Que eu não nasci pra me apaixonar

Mas quem disse que o amor tem juízo?

Quem disse que o amor tem razão?

Quem falou que se apaixonar é fácil?

Quem será capaz de dizer o que é certo ou errado?

Quem pode mesmo ser feliz vivendo de ilusão?

Mas quem é capaz de dizer que não vale a pena?

Quem é capaz de manter a alma pequena,

Quando o que importa é o coração?

Eu simplesmente hoje fiquei a ver navios

Esperando que você fosse ficar ao invés de partir

Desejando que você me quisesse pra si

E não que me deixasse pra lá

Olhando com bons olhos, nada é o que parece

Que cada amor seja vivido de uma forma coerente

Que cada vida seja vivida por um amor impactante

Que nada seja deixado pra trás

Que tudo possa ser feito pra irmos em frente

Acreditando que no fim, tudo vai dar certo

Que cada momento será bem vivido

Oh, delicada e sublime morte você me beijou

Acabou que eu me deixei enganar por você

Acreditei que eu poderia ser feliz e agora o que fazer?

Me deixar levar me trouxe até aqui

Agora eu já não tenho mais minha razão

Eu me envolvi

Eu me comprometi

Eu me esqueci

Eu me danei

Eu me acabei

Eu me arrasei

Eu me feri

Eu me cansei

Eu me fui

Eu me dei

Eu te quis

E o que será agora de mim

Refém dessa situação

Querendo apenas estar com você

Quando você já não sabe o que quer pra si

Imaginando o quanto poderíamos ser felizes

E como que isso seria capaz de nos fazer bem

Sabendo que não podemos mais fingir que isso não existe

Não nos deixando perceber que o amor existe

Que esse amor é bom de se viver

Agora é saber que eu quero mais

Eu quero mais de você

Eu quero ter você

No fim das contas, nada foi como o combinado

Poema originalmente publicado no 02 de junho de 2016 no antigo O Blog Do Victão.

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