Fênix
- oblogdovictao
- 21 de jun. de 2016
- 2 min de leitura
Veio me procurar depois de tanto tempo
Me perdi num pensamento distante
Você me minha vida seria agora um contratempo
Que mesmo assim me assombraria a todo instante
A sensação de ter você novamente em minha vida
Era um tanto quanto desconcertante
Me dava uma agonia sem medida
Tipo um morto que volta à vida, aterrorizante
Não tinha notícias suas há anos
E de repente você retorna como quem não quer nada
Achando que um mero sorriso apaga os danos
Como se um simples oi fosse uma retomada
Perguntou-me, do nada, se eu estava bem
Me deixando com uma sensação de dejavu
Você só fala comigo quando te convém
Experiência ruim que eu já vivi
Hoje me afasto de tudo o que me faz mal
Aprendi a lição que a vida me diz
Se está ruim é porque não é o final
Você está nessa vida para ser feliz
Busco apenas as coisas que me agregam
Deixo de lado tudo o que se dispensa
Só quero as coisas que me alegram
Você já não é pra mim o que você pensa
Saiba que te desejo felicidade
Porém, que você seja feliz longe de mim
Nós não temos mais qualquer intimidade
Ela se esvaiu com o nosso fim
Você resolveu ser fênix e ressurgir das cinzas
Mas você agora é pra mim antiguidade
É cara que já perdeu as tintas
Tornou-se mera frivolidade
E pensar que você já foi o meu tudo
E agora você é só lembranças
Te esquecer não é qualquer absurdo
Mas sigo nas minhas andanças
Que você se mantenha na sua cripta
Obscurecendo o nosso passado
Não necessito de latralipta
A sua presença me deixa acossado
Sigamos, assim, cada um do seu jeito
Vivendo cada vida da sua forma
Você simboliza tudo o que rejeito
Que a nossa vida sofra uma reforma
Não sou desse tipo de pessoa
Que aceita ser tratado como opção
Eu sou sempre a escolha boa
O seu vai e vem já não quero, não
Só me preocupo com o meu bem estar
E que você se preocupe com o seu bem querer
É melhor deixar tudo exatamente como está
Do que você querer voltar e então se perder
Poema originalmente publicado no 21 de junho de 2016 no antigo O Blog Do Victão.
Comentários