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Essa Mina é Problema

Logo que a viu percebeu o seu esquema

Ela era linda, formosa, chamava a atenção

Só de olhar sabia que essa mina era problema

Do tipo de mulher que você não consegue dizer não

Hipnotizado pelo seu olhar, ficou ali a encarando

Queria fugir, mas ela já jogou seu feitiço

Quando se deu conta, daquilo já estava gostando

E foi aí que seu sistema de defesa deu enguiço

Queria se aproximar dela de qualquer jeito

Falar-lhe tudo aquilo que carregava no peito

Tinha plena noção de onde estava se enfiando

Mas ela em sua mente estava entrando

Ela era boa na arte da caça

Ofereceu pra ele um drink, ele tomou a taça

Então ele se encheu de vaidade

Ela era ardilosa, agia até com uma certa maldade

Falou pra ele que nenhum homem era uma ilha

Daí já estava armada a arapuca

Ele indefeso caiu na armadilha

Ela soberana, iniciava a tortura

Perguntou o que ele sabia do amor

Ele, bobo, falou que o amor era tudo

Ela riu e falou que pra ela era só dor

O coitado, embasbacado, ficou mudo

Ela ria que soluçava

E na mais anunciava

Ele perdido em seus pensamentos

Viu despedaçar seus sentimentos

Agora já era tarde, já estava envolvido

Se não se apaixonasse não tinha sofrido

Sabia muito bem como ela era

Ela era bela, mas era uma fera

Colecionava corações partidos

Depois que uma vez foi maltratada

Se prometeu nunca mais ser usada

Causando dor a corações iludidos

Trancou seu coração em um lugar isolado

Para que ninguém o ferisse

Anestesiou para que ele nada sentisse

Pouco a pouco ele ficou gelado

Tornou-se assim uma arma fatal

Aliava beleza, inteligência e sangue frio

Tratava paixões como desafio

Atacando corações de forma letal

Ele sabia de tudo isso

Mas mesmo assim se envolveu

Tentou ganhar um coração e perdeu o seu

Caiu de quatro, quis compromisso

Ela tomou-lhe o coração, a vida e a razão

Dessa tragédia ele não conseguia fugir

Tentou se esconder ou até mesmo sumir

Mas com seus poderes ela lhe tirava o chão

Toda essa situação a divertia

Assim se sentia vingada

Causava nos outros uma dor danada

Que a pouco tempo era o seu peito que sentia

Poema originalmente publicado no 11 de maio de 2016 no antigo O Blog Do Victão.

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