Dois Amores

Dividiu-se entre dois amores

Entre o real e o idealizado

O certo e o duvidoso

O que ela queria e o que precisava

Lutava com unhas e dentes contra os fatos

Por ser éter, é volátil, se dissipa no ar

E necessita de alguém que seja pra você terra

Mas que não te impeça de ser quem é

Não alguém que te deixe se perder no vento

Você sabe o que precisa para sua vida

Sabe o que te fará melhor, mas ainda assim,

Pra que idealizar o grande amor?

Viva o amor que a vida te oferece

Se permita viver um amor real

Não sou nada daquilo que você sonha

Mas sou tudo aquilo que você precisa

Te trago paz e serenidade

Sou um porto seguro pro seu barco

Quando você é chuva, eu sou sol pra você

Mas quando você quer voar, eu sou o vento

Quando você quer partir, eu abro a porta

E quando você quer viajar, eu faço as malas

Porém, você sabe, eu vou com você, estarei com você

Prefiro ser balão do que âncora

Sempre te pondo pra cima e nunca pra baixo

Não há o que se comparar entre os amores

Mas eu creio que é bem melhor viver a realidade

Do que se enganar com a ilusão

Te convido a viver comigo a alegria do real

Seremos tudo o que podemos ser

Amigos, amantes, namorados, marido e mulher

Seremos tudo o que esse amor real nos permitir

Abra mão da ilusão do amor

Viva apenas o que é real

Viva aquilo que te faz bem

Amor nada mais é do que a somo

Soma da amizade, companheirismo, tesão,

Respeito, admiração, vontade...

Junta-se a tudo isso o querer bem

E temos tudo isso de montão

Que vivamos o hoje, o agora

Não deixemos para depois

Que sua realidade seja de sonho

Mas que esse sonho seja real

Que ele tenha cor, forma, estilo

E que no fim das contas

A sua realidade seja eu

Poema originalmente publicado no 24 de junho de 2016 no antigo O Blog Do Victão.