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Caça e Caçador - Sonho

Tava na espreita, só precisava de um vacilo pra se aproximar

Quis se esgueirar por entre a multidão para ter a chance de chegar perto

Decerto, acreditava que sua capacidade de se infiltrar seria útil

Fútil, pensava banalidades para não deixar a mente entrar em parafuso

Confuso, ele não sabia muito a respeito da vítima

Íntima, figura do submundo da noite fria

Harpia, avista de longe seu alvo para dar o bote

Num trote, se aproxima e chega já a farejar o cheiro

Inteiro, se coloca nas costas do seu alvo como uma sombra

Quase tromba, mas mantém uma distância de segurança

Esperança, sentia de atingir o objetivo sem demora

Na hora, ativou o seu instinto caçador e fez o movimento

Atento, conseguiu agarrar a vítima em um único lance

Romance, beijou-a ardorosamente sem lhe deixar pensar

Sem ar, perdida a vítima tinha em seu olhar pavor e excitação

Conjunção, de lábios e corpos no meio do ataque letal

Imortal, era como se sentia ao fazer da vítima sua a sua amante

Importante, a adrenalina que sentia em tão perfeita caça

Passa a impressão que esse ataque aumentou sua perspectiva

Ativa, sua mente maquina em meio a sua satisfação

Paixão, a vítima o reconhece e o abraça com vontade

Invade, com a língua a boca dela, sente-se assim poderoso

Fogoso, agarrou-a pela cintura como se tivesse passado cola

Esfola, a boa na boca dela, como se nem tivessem dente

Al dente, o clima ente ele esquenta, como fogo em brasa

Como asa, voa e atordoa todos os sentidos e movimentos

Sentimentos, irrompem suas mentes e seus jovens corações

Ações, combinadas, ritmadas em busca do objetivo verdadeiro

Matreiro, usa a sua habilidade de caçador para deixá-la zonza

Tonta, se deixou levar pelo fulgor da excitação

Então, ele a afastou do seu e aos poucos foi saindo

Fingindo, que aquilo tudo para ele não era nada

Atordoada, ela ficou ali parada no meio da multidão descrente

Inocente, achava que por saber quem ele era ela o conhecia

Fingia, ele ser uma pessoa em quem ela podia confiar

Travar, a mente em um único alvo ele não conseguia

Agia, como se cada presa fosse-lhe um troféu

Ao léu, deixou assim a vítima já procurando outra presa

Surpresa, a porta se abriu e ele se sentiu como se tudo não passasse de um sonho

Tristonho, abriu os olhos e percebeu que tudo não passava de mera ilusão

Poema originalmente publicado no 28 de maio de 2016 no antigo O Blog Do Victão.

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