Ouço vozes
Atrozes
Atordoam meu ser
A me carcomer
Me pego a pensar
Vida de se dispensar
Abrange algo meu
Algo que já me aconteceu
Naturalmente, mudo
Mas não me faço surdo
Escuto a minha voz
Desato-me em nós
Seja como for
Serei como flor
Alcançando o ar
Sem postergar
Sempre tranquilo
Ao acaso, me exilo
Admiro o meu ocaso
Pertenço ao Parnaso