Casa
- oblogdovictao
- 27 de ago.
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Teus olhos de janelas amplas e largas
Não enxergam a verdade mais cristalina
Escondem por trás de cortinas cerradas
Sem permitirem um rasgo de luz casa adentro
Tua boca de porta pesada assim trancada
Tolhe que adentre o que é bom
Sem que a verdade te cruze a soleira
Desconhecendo o que pode ser o amor
Teus ouvidos de móvel de madeira de lei
Se fazem pesados as palavras doces
Tornando em fardo o que é belo
E fazendo dor o que é um suave solfejo
Tua cabeça de casa vazia não entende
Já não se permite que se inicie a faxina
Pare de empilhar memórias amareladas
Varra as poeiras do que não volta mais
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