Sem Olhar a Quem
- oblogdovictao
- 12 de nov. de 2020
- 1 min de leitura
Questiono minha sanidade mental
Diante de tantos descalabros e devaneios
Súplicas e sussurros de pobres coitados
Atitudes desesperadas de pessoas despreparadas
Não me calo diante dos fatos
Mas tamanhas atrocidades não me inspiram
Parece que reviveram os cavaleiros do Apocalipse
Fome, Guerra, Peste e Morte
Que caminham entre nós sem causar espanto
Enquanto alguns comemoram a sua chegada
Outros padecem sob o seu jugo
E o restante apenas aguarda a sentença de morte
Não sei se esse é o Juízo Final
Contudo, o sangue anda jorrando como água
Enterra-se pais, filhos, irmãos, avós
Perdeu-se a noção do ridículo
Ou simplesmente o senso crítico
Já não se tem vergonha de pregar a maldade
Uma sociedade extremamente doente
Culpam a vítima e vitimizam o agressor
Tratam minorias como inimigos
E os inimigos como mitos
Calam diante dos malfeitos
E celebram toda e qualquer maldade perpetrada
Dividem para devastar
Devastam por mera diversão
Oprimem, abolem, aniquilam, espremem, maltratam
Fazem o mal sem olhar a quem
Somente visando o seu bem-estar
Já não me preocupo com o fim do mundo
Pior do que está não pode ser
Quando o irmão quer o mal do seu irmão
É que a Humanidade inteira já perdeu
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