Te fizeram ruínas
Corroeram por dentro
Suas entranhas
Matando pouco a pouco
Aquilo que você ainda tinha
De Humanidade
Mostraram sua face mais feia
E você sorriu
Ao se olhar no espelho
Achou belo os horrores
E valorizou
O que mais mata
Os teus não têm o que comer
Mas sua fome
É de autoritarismo
E vamos marchando
Em direção ao precipício
Sem emprego
Sem saúde
Sem paz
Sem razão
Você já não é mais como era antes
E o futuro já não é mais
Como era no passado
Repetimos tudo o que já passou
E vemos o futuro ser apenas pretérito
Você que foi país do amanhã
Hoje é escombro
Deitado em berço esplendido
Matando a sua liberdade