top of page

Poesia em Mangueira

Lá, onde o morro até parece o céu no chão

Entre barracões de zinco, becos e vielas

As folhas secas não caem ao solo em vão

Fez do engraxate o fidalgo das favelas


Lá, onde o piano sobe o morro

O povo desperta com o apito do trem

Talento aqui não tem aforro

Poesia em Mangueira, se tem


Lá, onde teu cenário é uma beleza

Em cada esquina brota mais um compositor

Em versos eternizou-se a tua realeza

Modestos versos que ao policial tornou cantor


Lá, onde a poesia se alastra como mar

O primo-irmão de dona Zica faz o carnaval

Uso os meus versos para a minha raiz celebrar

Pois o morro de Mangueira é meu lugar ancestral

5 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Limites

LimitesNão me limito a ser apenas o que você enxerga Sou muitos, diverso e multifacetado Sou hoje uma coisa e amanhã já sou outra Só sou fechado em ser eu mesmo Mas nunca em ser somente o mesmo Experi

Nada de Novo no Front

Nada de novo no front A vida segue o seu fluxo normal Ninguém escuta o que tenho a dizer Sentados em volta da mesa de jantar Tirei um dia a menos ou um dia a mais Não sei se conto quanto já vivi Ou o

Olhar de Medusa

Eu notei sua tristeza no meio da multidão Uma tristeza tão triste de se sentir Que só de te ver já veio me doer O seu olhar vago de medusa Que cruza o meu no meio da rua E me faz recordar das minhas a

Post: Blog2_Post
bottom of page