top of page

Palavras

Não, não é toda palavra que a gente torna poesia

Há palavras que não devem ser ditas

Há expressões benditas

E locuções malditas

Não me venha com suas maldições

Maledicências e lamentações

Não quero seus pensamentos pequenos

Não me destile seus venenos

Suas palavras de baixo calão

Sua verve autoritária parece um canhão

Apontado na minha direção

Só porque sou preto, pobre e artista

Não venha com esse papo de fascista

Quero liberdade de expressão e felicidade

Mas nem toda palavra encontra rima

Ou poema que lhe exprima

Sou só um ourives de palavra

Forjando dores que querem minha lavra

Na minha poesia não cabem dores

Encho ela de cores, sabores e amores

Não vão me ver lutar contra quem sou

Amarei todo alguém que já me amou

Sigo em frente e te conto o meu segredo

Crer que o amor vai sempre vencer o medo

6 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Limites

LimitesNão me limito a ser apenas o que você enxerga Sou muitos, diverso e multifacetado Sou hoje uma coisa e amanhã já sou outra Só sou fechado em ser eu mesmo Mas nunca em ser somente o mesmo Experi

Nada de Novo no Front

Nada de novo no front A vida segue o seu fluxo normal Ninguém escuta o que tenho a dizer Sentados em volta da mesa de jantar Tirei um dia a menos ou um dia a mais Não sei se conto quanto já vivi Ou o

Olhar de Medusa

Eu notei sua tristeza no meio da multidão Uma tristeza tão triste de se sentir Que só de te ver já veio me doer O seu olhar vago de medusa Que cruza o meu no meio da rua E me faz recordar das minhas a

Post: Blog2_Post
bottom of page