Imperfeito
- oblogdovictao
- 4 de set. de 2024
- 1 min de leitura
Já não consigo esconder o que penso e sinto
Onde não cabe a verdade, calo ou minto
Os falsos moralismos já não me prendem
E os pecados não me atendem
A paciência que era pouca se esvaiu
O autocontrole se resumiu
A morte já se aproxima mais rápido
Eu já sinto na boca todo o sápido
A visão já não turva como antigamente
Já não aceito desaforo na cara ou na mente
Não me desobrigo de qualquer dos meus atos
Nem me apego a gestos caricatos
Minha paz interior não vende na farmácia
Entorpecentes só me causam suspicácia
Amores agridoces não preenchem corações
Sigo imperfeito num mundo de falsas perfeições
Comentários