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Entre os Dentes

Tocou-me a coxa com sua mão de lixa

Parecia que iria arrancar-me o couro

Apertava-me contra a parede como lagartixa

Sua virilidade lembrava-me a de um touro


Sentia-me invadida por sua presença

Sua boca tocava levemente a minha

Contudo, seus dedos davam sensação de prazer imensa

Abafar os meus gritos entre os dentes era o que convinha


Não tinha mais controle de nada

Era apenas passageira em seus braços

Tinha a sensação de ser a mais desejada

Com cada solavanco que levava com seus amassos


Arranhava-te as costas como que afiando a unha

Notadamente, era um movimento involuntário

Mexia-me como quem com violino compunha

Conseguia assim mexer com meu imaginário


Um canto escuro na rua era o nosso picadeiro

Cada beijo dado era um novo espetáculo

Com você era fácil ter prazeres ligeiros

Nossas roupas eram um obstáculo


Puxava o seu corpo para perto do meu

Como se disso minha vida dependesse

O desejo aumentou quando a lua apareceu

Fazendo com que em nós o tesão efervescesse


Domava-me como se eu fosse uma tigresa

Que busca sua presa sem qualquer escrúpulo

Daquelas que avançam na selva com firmeza

E dão o bote em um único pulo


Puxava-me o cabelo como se fosse da égua a crina

Fazendo com meu corpo um arco vibrante

Cada movimento das suas mãos me alucina

O meu gozo de prazer é cada vez mais esfuziante


Dava-me cada mordida que me arrepiava

Fazendo-me perder todos os sentidos

Meu pescoço era a zona erógena que me deleitava

Como que em tortura, só soltava leves gemidos


Forçava-me ao limite da sanidade

Deixando a cada beijo minhas pernas bambas

Agarrava-me com ferocidade

Pulsando como uma bateria de escola de samba


Já sentia o teto preto de tanto prazer

Não conseguia mais saber o que mais existia

Eu estava entregue a você

Como escrava, o que você mandasse eu faria


Levou-me para um lugar ainda mais ermo

Para aproveitarmos aquele momento

Entre nós, não haveria meio termo

A falta de prazer que seria um tormento


Deitou-me na areia branca

E colocou-se entre as minhas pernas

Ainda assim, puxou-me pela anca

Dando-me sensações de prazeres eternas


Já isolados, não precisava mais me conter

Gritei como uma loba no cio

Cansada, pude enfim me satisfazer

Deixando escorrer como um rio

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