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Desértico

Existe um lugar onde o Sol já não brilha

Onde a escuridão domina

Onde o breu reina absoluto

O soturno se levanta das sombras

As trevas tomam conta de todo o lugar

Não se consegue ver diante dos olhos

Um apagão total de luz

A ausência perfeita de toda claridade

Pobre alma que vaga obscura

Opaco manto da cerração

Carregada de tantos sortilégios

Tristeza, sofrimento e melancolia

Nada mais é capaz de trazer brilho

Quebrou-se o encanto nesse lugar

Um caminho sem volta para o desfiladeiro

Já não há plantas ou animais

Lugar inóspito e desagradável

Inabitável, hostil e adverso

Desértico

Já não é um lugar

É só algo que já existiu

Amargo gosto do fel na boca

Quem tenta se aproximar sofre

A morte espreita quem se avizinha

Não há ódio ou alegria

O que existe é a prostração

A languidez, a insatisfação

A mais perene misantropia

Para o mundo do desespero

A passagem é só de ida

Taciturno desprazer de viver

Casca oca, quase sem vida

Usando sorrisos só para disfarçar

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