Carta que Nunca Chega
- oblogdovictao
- 11 de abr.
- 1 min de leitura
Olho pro mar, como quem perdeu a onda que quis pegar
Avistando no horizonte aquilo que já não voltará
Pensando em como o mundo me acolherá
Ciente de que já não sou mais criança
Ouvindo o bailar de uma velha ciranda
Que um dia foi capaz de me ninar
Observo o correr do mundo a minha volta
É tanta coisa que me causa revolta
Eu já não sei separar o que é bom do ruim
A dor lancina e provoca pesadas mudanças
Eu olho em volta e não vejo esperança
A esperança se esvai como a sensação de carta que nunca chega
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