Todos os dias eu me encontro dentro de mim
Não sei se isso é bom ou é ruim
Pois há dias em que me encontro na superfície
E outros em que tenho que chafurdar na imundície
Me encontro em meio ao longo dos caminhos
Em meio às flores e os espinhos
Não fico parado na esquina esperando
Muito menos no meio da rua elucubrando
Todos os dias eu me encontro dentro de mim
Não sei se é o começo, o meio ou o fim
Afinal, não perco tempo com o que não importa
Só quero saber daquilo que me comporta
Me encontro em tudo aquilo que sou
E sou tudo aquilo que já me assisou
Um abraço para quem aprecia arte-morta
Para quem quiser sair, aqui é a porta