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Adstringente

Verti a lágrima transparente

Ela se contrastava com a minha pele escura

Eu nem sabia porque chorava

Apenas me vinha a necessidade de cura


A dor lancinante e perene

Não era do corpo frágil, mas sim da alma

Consumia o pouco de sanidade que eu ainda tinha

Que me escorria por entre os dedos pela palma


Pobre de mim, que me sinto sozinho

Nesse mundo tão grande e cheio de gente

Mas de nada me servem companhias vazias

Eu busco um contato próximo, adstringente


Enquanto todos seguem sob o peso da ganância

Eu me distancio dessas pobres pessoas

Que sobrevivem e não vivem de verdade

Esperando apenas receberem as loas


Mas eu sofro com a dor alheia

Com tantas vidas assim, desperdiçadas

Com tantos sonhos, por aí, interrompidos

Por tantas fúrias mitigadas


As lágrimas caem dos meus olhos

E meu coração sangra em meu peito

Tento salvar cada alma que sofre

Evitando assim que eu esteja putrefeito


Carrego a minha cruz em busca salvação

Tentando salvar cada um que cruza o meu caminho

O descanso que eu busco tem que ser coletivo

Afinal ninguém veio ao mundo para ser feliz sozinho

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