Não há liberdade sem luta
Não há mudança sem revolução
Não há novidade sem ruptura
Não há igualdade sem reparação
A liberdade que nos impuseram é enganosa
Pois o negro ficou em situação calamitosa
Fingiram que nos deixaram livres
Enquanto vivemos passando o pires
Não querem nos ver como iguais
Nos relegam as ordens de serviço
A nossa grana todo mundo quer
Mas nossa presença não traz viço
Vocês gostam de novela de escravo
Pra mostrar o negro como algo pravo
Nesse Brasil de hoje, terra de ninguém
Eu te pergunto: Liberdade para quem?